Como efetivar uma educação em direitos que considere as identidades marginalizadas? Essa é a pergunta que orienta essa escrita centrada em pautar a reivindicação de humanidade, pessoas historicamente compreendidas como sub-humanidade em processos de aniquilamento social. Diante das ameaças contemporâneas à democracia e do surgimento de direitas radicais, é essencial repensar nossa abordagem à educação em direitos, garantindo a inclusão na sua integralidade. Recorrendo a uma perspectiva decolonial, proponho uma revisão crítica do legado colonial presente em currículos e práticas pedagógicas. A integração de histórias e contribuições de grupos subalternos, promovendo interculturalidade e compreensão crítica do colonialismo. A universalidade dos Direitos Humanos, ao invés de excluir, deve ser empregada como ferramenta de inclusão, dignidade e reparação histórica. Inspirando-se em trabalhos como os de Maria Ferrão Candau, Susana Beatriz Sacavino (2013), trago a abordagem da "Educação para o Nunca Mais" que ressalta a necessidade de confrontar injustiças históricas, incentivando a reinterpretação crítica da história. Para concretizar essa visão, a formação docente deve ser aprimorada, com ênfase em direitos humanos, diversidade e inclusão. A participação comunitária, sobretudo de comunidades marginalizadas, é vital para assegurar uma educação verdadeiramente inclusiva e representativa.