Este artigo propõe uma revisão teórica abrangente que explora a interseção entre representatividade política e questões de sexualidade, examinando como as plataformas de redes sociais desempenham um papel significativo nessa dinâmica. A representatividade política é um princípio fundamental em democracias que busca garantir que grupos minoritários e suas preocupações sejam devidamente refletidos no processo político. Por outro lado, as questões de sexualidade têm historicamente sido marginalizadas na política, o que levanta questões sobre inclusão e igualdade. O trabalho promove uma análise da interação entre representatividade política, questões de sexualidade e plataformas de redes sociais, com foco nas implicações desses elementos no contexto contemporâneo. Abordando contribuições de teorias políticas como Nancy Fraser, Hanna Pitkin e Iris Young e debates sobre a representatividade de grupos minoritários, a partir de Zeynep Tufekci sobre ação conectiva e mídia digital, o estudo explora como as redes sociais reconfiguram a paisagem da representatividade política. Analisando o trabalho de autores como Foucault, Butler e Preciado sobre identidade de gênero e sexualidade, bem como as pesquisas de Safiya Umoja Noble sobre algoritmos e discriminação, este artigo examina como as redes sociais condicionam espacialidades para a expressão de identidades LGBTQ+ e a construção de apoio político. Além disso, considera a visibilidade online e seu impacto na representação política, considerando como políticos LGBTQ+ têm utilizado essas plataformas no Brasil para amplificar suas vozes e mobilizar eleitores.