A Universidade Aberta do Brasil constitui-se em uma política de fomento à ampliação do acesso à Educação Superior em regiões onde não há presença física de instituições públicas e gratuitas de ensino deste nível. Em parcerias com outras universidades públicas, são ofertados cursos de graduações e pós-graduações para as populações, principalmente dos interiores de cada região do Brasil. No âmbito do Estado de Minas Gerais, destaca-se a parceria UAB-Universidade do Estado de Minas Gerais. A partir desse contexto, realizamos uma pesquisa monográfica em que buscamos traçar algumas compreensões de como que estudantes de cursos de graduações percebem e se apropriam de políticas de fomento à Educação Superior ofertadas pela UAB-UEMG. Nesse âmbito, foram analisadas, por meio de pesquisa empírica, algumas percepções de estudantes que tangenciam as questões de gênero e que podem apontar desafios e possibilidades de graduandas durante a vivência do curso. O embasamento teórico que sustenta a pesquisa perpassa por autores (as) como Gontijo e Araújo (2018), Araújo (2022), que tratam das políticas de fomento a Educação Superior da UAB; Hirata (2003, 2009), Kergoat (2007, 2010), Abreu, Hirata e Lombardi (2016), Quirino (2014), Souza (2010) que trazem discussões pertinentes às relações de gênero e divisão sexual do trabalho. A pesquisa evidenciou que há desafios para as mulheres no que se refere à conciliação dos estudos com outras atividades, à divisão de tarefas domésticas, às responsabilidades financeiras, ao cuidado com os familiares. Por outro lado, o acesso à Educação Superior também sugere possibilidades de autonomia e emancipação.