Desde o início de sua militância política a vereadora Benny Briolly tem sido alvo de ameaças e atos de violência. As mulheres trans e travestis sempre lutaram para serem visibilizadas, porém a marginalização de seus corpos e suas vivências ainda existe em diversos espaços, inclusive no político. Dessa forma, o presente artigo traz a seguinte problemática: como enfrentar a violência política de gênero sofrida pelas parlamentares trans e travestis. Com tal propósito, traça-se como objetivo geral analisar de que maneira essa violência se manifesta. Nesse sentido, buscou-se de início apresentar o conceito de violência política de gênero e de que forma ela afeta a possibilidade de exercício de Direitos Políticos de mulheres transexuais e travestis, em especial, da vereadora Benny Briolly. Posteriormente, será abordado como a questão racial se entrelaça nesse tipo de violência. Por fim, serão apresentados os mecanismos necessários de prevenção e enfrentamento dessa violência. A produção desse trabalho se torna relevante pela escassez de pesquisas nesta temática e por apresentar questões pertinentes tanto para os estudos de gênero e sexualidade, quanto para do Direito. O percurso metodológico desse artigo envolveu levantamento bibliográfico e trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa. A partir desta análise, percebe-se que a violência política de gênero é um dos principais motivos que contribui para afastar as mulheres da vida pública, sejam elas cis ou trans. E uma das formas para solucionar esse problema foi a criação da Lei nº 14.192/21.