Esta reflexão vai tratar de uma questão inerente à comunidade LGBTQIA+, o auto ódio. Essa situação se faz perceptível por meio de práticas de preconceito e discriminação manifestadas nas relações sociais, tanto interpessoais, quanto contra um segmento como um todo, a exemplo da misoginia contra as lésbicas e a transfobia contra pessoas trans e travestis. Neste texto o enfoque será sobre a particularidade da letra “G”. Alicerçados em parâmetros estabelecidos pela masculinidade hegemônica, homens gays se colocam à sombra da norma heterossexual muito desejada, mas impossível de ser alcançada. Com base nisso, criam hierarquias entre os gays, especialmente no tocante à masculinidade hegemônica, fazendo com que quanto mais afeminada a pessoa, menos estimada e mais marginalizada ela é. Para tratar dessas questões, propomos o diálogo com alguns autores e autoras como bell hooks, Daniel Borillo, Adriane Rich e Raewyn Connell. Ao final, pretendemos demonstrar como essa cultura de auto ódio é uma estratégia danosa para a comunidade, impactando na luta contra o preconceito.