Tendo como eixo potencial as alianças queer e crip e o uso de categorias de interseccionalidades como gênero, sexualidade e diversidade funcional, a pesquisa realizou uma análise das diferentes estratégias de ativismos do grupo criador do projeto Yes, we Fuck!, situando suas origens, tensões, potencialidades políticas e desafios. A aliança deste grupo com coletivos transfeministas, sediados na cidade de Barcelona (Espanha), se mostra essencial para desnaturalização de categorias referentes à normatização corporal. Por meio de uma pesquisa qualitativa que utilizou métodos como análise de material documental, entrevistas semiestruturadas e observação participante, foram percebidas, sobretudo, como as novas representações sobre a sexualidade de pessoas com diversidade funcional, refletidas nas ações/projetos audiovisuais dos grupos, contribuem de forma decisiva para o deslocamento do imaginário conservador em direção à atualização de novos discursos e, consequentemente, na difusão de estratégias micropolíticas em torno da sexualidade e dos direitos sexuais e reprodutivos de pessoas com diversidade funcional/pessoas com deficiência.