O presente estudo se constrói a partir dos pressupostos da teoria queer e das contribuições da psicanálise para a educação a fim de discutir como a professora e o professor da educação infantil deixam-se afetar pelas normatizações oriundas das intencionalidades da “ideologia de gênero”, “escola sem partido”, “kit gay” e outras noções resultantes de um campo de discursos conservadores, que influenciam os professores a limitar de forma consciente e inconsciente a criança na expressão fluida da sexualidade. Autores como Freud, Foucault, Butler e Louro, foram visitados e contribuíram com a reflexão acerca da necessidade de pensar uma formação de professores que se apresentem desconstruidamente queer. A discussão é apresentada no texto por meio das “vinhetas escolares”, que são narrativas dos encontros entre os professores e a criança queer. No contexto ainda incerto de busca de novas pedagogias, considera-se que os professores são atravessados por questionamentos e conflitos produzidos por um sistema normativo e sob uma forte carga emotiva são desafiados a subverter a educação conservadora e repensar as práticas desenvolvidas com a criança que não se rende ao que a norma escolar espera dela.