Esta comunicação pretende apresentar ações acompanhadas através do “Projeto Fundão Biologia na fronteira da diferença”, durante o período como bolsista de 2022 e 2023. Partindo delas, propõe-se refletir sobre como os encontros de formação em gênero, raça e sexualidade impactam seus participantes e contribuem para a formação profissional em psicologia, a partir da extensão universitária. As atividades consistem em palestras, disciplinas e oficinas pedagógicas, ministradas e acompanhadas de forma articulada pelo professor coordenador, por estudantes de pós-graduação, professores da educação básica integrantes do projeto e extensionistas. Para tais, parte-se do gênero como uma categoria de análise, articulado a outros marcadores da diferença, e de referenciais teóricos baseados nos estudos queers. O projeto visa promover um intercâmbio entre universidade e escola, ao se voltar para professores e estudantes da rede pública de ensino do Rio de Janeiro, além de criar estratégias pedagógicas para abordar as questões da diferença, de forma horizontal e coletiva, a partir do contexto vivenciado nesses ambientes. Neste relato, busco abordar os impactos da experiência em dois eixos: (1) nos discentes e na reflexão sobre as práticas dentro da sala de aula, trazendo luz a outras possibilidades, que permitem a criação de uma agência crítica, indo de encontro às normas que constituem a sociedade patriarcal, racista e heterocisnormativa; (2) na formação em psicologia, tomando o projeto como um espaço singular de atuação, para além da clínica, que nos permite o aprendizado de práticas outras e o contato com uma pluralidade de vivências de jovens.