O trabalho apresenta a temática da trajetória acadêmica da mulher nos cursos de licenciatura no Brasil. O objetivo é o de analisar as diferenças de gênero evidenciadas em diferentes trajetórias acadêmicas entre homens e mulheres nesses cursos, buscando-se evidenciar alguns dos limites e possibilidades na formação profissional de educadoras. O texto é construído a partir de um levantamento bibliográfico e de dados do Censo da Educação Superior de 2021 e 2019. As discussões se centram nas questões de gênero, na distribuição de cursos e na permanência dos matriculados, apresentando uma análise crítica desses resultados. O trabalho quantitativo, através do Censo, apresentou em 2019 o estudante típico dos cursos de licenciatura, era do sexo feminino (72,2%) e frequentava universidade privada (64,0) que oferecem modalidade de ensino à distância (73,5). Em 2021 os dois primeiros dados revelam-se da seguinte forma: 72,5% e 64,4%. Já o ensino à distância teve um aumento de 10,8% considerando o contexto de pandemia Covid-19. Em relação à trajetória acadêmica, o Censo mostra que as mulheres se formam mais e desistem menos comparado aos homens. Nesse sentido, a taxa de conclusão acumulada também é maior, cerca de 43% em relação aos homens, que são 35%,a taxa de conclusão acumulada para as mulheres tem se mantido estável desde 2019. Neste sentido, afere-se que os cursos de licenciatura no Brasil apresentam um perfil eminentemente feminino.