O Pole Dance chega de forma marcante para os brasileiros em 2007, com a interpretação de uma stripper em uma novela de rede nacional. A modalidade carrega um estigma sociocultural, sendo associada de maneira intrínseca à sexualidade e sensualidade. A prática consiste em utilizar uma barra de metal na vertical para realizar acrobacias e danças, utilizando de forças contrárias. Mesmo possuindo uma base, caracteriza-se a partir de três vertentes: Pole Exotic, Pole Art e Pole Sport. Dessa forma, é marcado por conflitos que buscam delimitar o que explora a sexualidade daquilo que é tido como esportivo. Assim, há professoras que a partir de suas falas, metodologias e até mesmo roupas exploram ambos mundos, da sexualidade e do esporte, porém outras preferem estar relacionadas apenas com o esporte. Neste sentido, o objetivo do trabalho é compreender como mulheres professoras de Pole Dance narram a sensualidade/sexualidade em suas práticas pedagógicas. Para os processos teórico-metodológicos, utilizou-se da construção de um diário de campo a partir de cursos de capacitação sobre Pole e de cinco entrevistas semi-estruturadas com professoras que ministram aulas para crianças e adultos, tendo a sexualidade como norteadora. Como resultado, foi compreendido que, para as professoras, há diferenças marcantes entre Pole Exotic e Pole Sport, dançarinas e atletas. Assim, a sexualidade passa a ser entendida como uma escolha da praticante. Possuindo duas visões, negativa ao relacionar-se a vulgaridade ou sendo celebrada em momentos específicos, ligados ao espaço privado, como uma forma de “surpreender” seu companheiro dentro de um relacionamento heteronormativo.