Este artigo propõe analisar comentários realizados no Twitter e no Facebook acerca da notícia publicada pelo UOL e G1, que traz as agressões que um aluno sofreu numa escola, em Campinas, após sugerir debate com o tema LGBTQIAP+ em um grupo escolar de WhatsApp, em 2021. Para tanto, duas questões orientam essa busca: quais os tipos de comentários que emergem em redes sociais diversas sobre uma mesma matéria de temática LGBTQIAP+ publicada por diferentes tipos de jornais on-line? De que forma estes comentários em redes sociais sobre uma notícia do universo LGBTQIAP+ pode gerar gestos de resistência frente a discursos conservadores? Diante disso, foram selecionados e tabulados por eixos temáticos 111 comentários, no qual esse trabalho irá perpassar por aqueles que (1) colocam a escola como um ambiente onde não deve ser trabalhado as questões de gênero e sexualidade; (2) são diretamente homofóbicos; (3) demonstram a presença de um conservadorismo religioso contra o aluno; ou (4) acreditam que a escola tem potencial para colaborar na luta contra a LGBTfobia. Logo, o gesto interpretativo e analítico proposto problematiza como os meios digitais podem ser propagadores de estigmas e preconceitos, trazendo à baila a relevância de promover a educação sexual no ambiente escolar e apresentando-a como um gesto de resistência frente a LGBTfobia que circunscreve a escola. Sendo assim, defendemos que, a partir de uma Educação que trabalhe as questões de gênero e sexualidade é possível esperançar uma sociedade mais justa e respeitosa para com as pessoas LBGTQIAP+.