Este trabalho apresenta parte dos resultados obtidos a partir da Pesquisa Nacional por Amostragem da População LGBTI+ 2019, realizada pela ONG TODXS. Para coletar os dados, foi aplicado um questionário online com TCLE, por meio do Survey Monkey. A coleta dos dados durou três meses e obteve 15326 respostas de pessoas LGBTI+, das 27 capitais do Brasil. Foi perguntado a estas pessoas quem sabia que elas eram LGBTI+ e as respostas foram categorizadas em: 1) Ninguém sabe; 2) Algumas pessoas sabem; 3) Todo mundo sabe. Exploramos quem são as pessoas que não tem abertura sobre sua sexualidade ou identidade de gênero (1,41% das respondentes). Pouco mais da metade destas pessoas é negra (50,49%); Entre as pessoas que responderam que todo mundo sabe, 51,80% são brancas; Entre as pessoas que recebem mais de 20 salários mínimos, 73,32% responderam que todo mundo sabe, enquanto que entre as pessoas que recebem até um salário mínimo, 53,05% responderam que todo mundo sabe; As pessoas que são muito novas (abaixo de 21 anos) e as que são mais velhas (acima de 55 anos), são mais propensas a não revelarem sua sexualidade ou identidade de gênero; As pessoas com maior escolaridade apresentam maior abertura em relação a essas questões. Conclui-se que pessoas mais vulneráveis tendem a não ter grande abertura em relação à própria sexualidade ou identidade de gênero, se comparadas com pessoas mais privilegiadas. Classe, raça, idade e escolaridade impactam nas possibilidades de viver abertamente como pessoa LGBTI+.