As teologias cristãs de caráter inclusivo têm conquistado relevância na sociedade moderna, mas ainda são recentes em relação à história do cristianismo. Nesse sentido, fazer teologia como pessoa LGBT+ é aceitar o desafio do diálogo entre sexualidade e espiritualidade, além do contorno dos ideais na direção do possível. O presente trabalho, portanto, visa explorar as relações entre teoria e prática (fé-vida) pela superação dos dualismos e equilíbrio entre obediência e autonomia dentro da tarefa teológica. Deste modo, vê-se a importância da soma da atenção metodológica com a razão sensível, cujo produto é uma epistemologia capaz de despertar para a responsabilidade, sobretudo com os mais vulneráveis. Assim, um corpo bissexual é, para além dos desafios impostos pelos tão conhecidos preconceitos, possibilidade de harmonia e libertação. Trata-se de um lugar teológico privilegiado a partir do qual falar de Deus é falar de amor.