A educação é um direito garantido pela constituição brasileira. No entanto, a inclusão na educação de pessoas portadoras de necessidades especiais é um desafio ainda presente por muitas instituições de ensino. A Libras passou a ser conteúdo obrigatório nos cursos de formação de professores no Brasil desde 2005 e sua oficialização em nosso país ocorreu em 2002 através da Lei 10.436. Mesmo assim, muitas instituições de ensino não dispõem de intérprete de Libras e não há perspectiva de sanar essa necessidade em curto ou médio prazo. A falta de intérprete em Libras para alunos com deficiência auditiva culmina no abandono por parte de estudantes ou pelo severo comprometimento na qualidade no ensino-aprendizagem. As tecnologias Assistivas (TAs) promovem a facilitação da comunicação com pessoas com necessidades especiais. Almeida e Carvalho (2022) apresentam duas tecnologias assistivas como principal resultado de uma pesquisa realizada cujo objetivo era encontrar TAs que auxiliem a comunicação entre professores e alunos surdos na ausência de um intérprete de Libras. Assim sendo, é possível que essas TAs encontradas possam substituir momentaneamente um intérprete de Libras auxiliando o professor durante sua aula? Nesse contexto, o presente trabalho expõe o resultado obtido da realização de um experimento envolvendo o uso de duas TAs na ministração de aulas para um aluno surdo. O experimento teve como objetivo avaliar a eficiência das TAs na comunicação entre o professor e aluno na ausência de intérprete de Libras. O resultado obtido mostrou que o aluno teve um grande comprometimento no entendimento do conteúdo abordado embora ele tenha aprovado o uso das TAs. Esse resultado expõe a falsa impressão de que as TAs podem substituir o intérprete mesmo que momentaneamente.