O processo de industrialização possibilita mais comodidade à população, uma vez que facilita as atividades diárias. Contudo, como consequência há a geração de resíduos, alguns dos quais danosos ao meio ambiente, necessitando de tratamento adequado antes de sua deposição final. Um dos resíduos que tem sido objeto de pesquisas devido ao seu difícil descarte é o resíduo proveniente da Exploração e Produção (E&P) de petróleo, pois contêm metais pesados, óleos e graxas, sendo prejudicial ao meio ambiente. Dentre os destinos possíveis para este resíduo, o setor de construção civil se destaca como grande consumidor de materiais, tendo sido foco nas pesquisas para utilização do resíduo oleoso como matéria prima. Um dos possíveis usos para este material é sua inserção no concreto, substituindo uma determinada porcentagem de cimento. Um aspecto a ser avaliado é o potencial reativo do material, que se refere à possibilidade de ser desencadeada a reação álcali-agregado. A reação álcali-agregado é um fenômeno patológico que tem ocasionado a degradação de diversas estruturas, como barragens e fundações de pontes. Uma vez desencadeada a reação, não há como mitiga-la. Desta forma, o presente trabalho comparou o equivalente alcalino, indicativo do potencial reativo, do resíduo oleoso e do cimento, de modo a examinar a possiblidade de desencadeamento da reação álcali-agregado em concretos produzidos com adição de resíduo oleoso. Foi feita a caracterização química dos materiais e calculados os valores de equivalente alcalino, que se mostraram próximos. Desta forma, infere-se que o resíduo oleoso não influi no desencadeamento da reação álcali-agregado.