O trabalho objetiva descrever o processo de envelhecimento populacional e de feminização da velhice e os impactos da transição demográfica e epidemiológica na formulação e condução das políticas de atenção à saúde do idoso no Brasil. Quanto ao método, a presente revisão narrativa de natureza básica, enfoque exploratório e descritivo se vale de levantamento bibliográfico e documental e de análise de conteúdo. Após pesquisa nas plataformas BVS, SCIELO e LILACS segundo os descritores “Atenção à Saúde do Idoso”, “Envelhecimento Populacional” e “Feminização da Velhice”, utilizando-se o operador booleano “AND”, foram incluídos artigos originais e revisões de literatura de acesso livre, publicados em português ou inglês nos últimos vinte anos, além de divulgações oficiais de órgãos governamentais. Os resultados destacam as alterações multidimensionais no processo de envelhecimento humano, de natureza neurobiológica, estrutural, funcional, química, ambiental, econômica e sociocultural; sua heterogênea relação com a transição demográfica e epidemiológica em andamento; e a predominância de mulheres entre os idosos, evidenciando diversas carências assistenciais. Conclui-se que, além de ser necessário garantir assistência integral ao idoso em geral, há que se implementar políticas públicas especialmente voltadas à assistência à saúde das mulheres idosas, considerando-se a perspectiva plural e multifacetada comum ao fenômeno da feminização do envelhecimento.