INTRODUÇÃO: A fibrilação atrial (FA) é uma arritmia sustentada comum entre os idosos, que tem como consequência o risco aumentado para Acidente Vascular Encefálico (AVE). Sabe-se que essa arritmia possui associação a eventos cardiovasculares como: insuficiência cardíaca incidente, doença cardíaca isquêmica e doença vascular periférica. Idosos com fibrilação atrial tem aproximadamente o dobro de chances de apresentar demência por causa dos riscos de infartos cerebrais silenciosos devido ao acúmulo de micro êmbolos, hemorragia cerebral e inflamação sistêmica. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura que realizou um levantamento de publicações na Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os descritores: “Idoso” AND “fibrilação atrial” AND “cognição” AND “anticoagulante”, encontrando-se 20 artigos. Após aplicação dos filtros: texto completo; inglês e no período de 2013 a 2023; encontraram-se 18 trabalhos. Desses, excluíram-se 1 por fuga temática e 6 pagos, constituindo um corpus final de 11 artigos. RESULTADO E DISCUSSÕES: Idosos com alto risco de FA são usualmente recomendados tratamento profilático com anticoagulante oral (OAC) e estudos recentes apontam diferentes níveis de proteção cognitiva contra demência nessa população a partir do uso do OAC. Nesse sentido, observou-se que os novos anticoagulantes orais têm efeito protetor eficiente sobre o cognitivo e a FA. Todavia, o manejo da anticoagulação é complexo nos idosos e pode vir acompanhado de sangramento, que contribui para o risco aumentado de AVE. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A FA tem associação com o declínio cognitivo na população idosa, porém o tratamento correto com a terapia anticoagulante auxilia não só a redução da arritmia como também a ocorrência do comprometimento cognitivo. Destarte, ressalta-se ainda mais a importância de compreender e modificar os fatores de risco da fibrilação atrial, além de implementar uma terapia resolutiva imediata para impedir maiores danos ao idoso.