O presente artigo tem como objetivo dialogar sobre a possibilidade de suscitar outros espaços também terapêuticos complementares ao Plantão Psicológico, oferecido aos idosos. Percebida a escassez de publicações sobre a Terceira Idade e suas interfaces no campo da Psicologia, partindo das vicissitudes em saúde mental ao longo dos tempos, surgiu a motivação de escrever esse artigo que será dividido em quatro partes: Uma breve visão sobre a Velhice; a Abordagem Centrada na Pessoa e o Envelhecer; A importância do Plantão Psicológico para idosos e o Desdobramento do Plantão Psicológico para compreensão do sofrimento humano. No entanto, envelhecer em uma sociedade como a brasileira é negar a própria velhice, visto que, na maioria das vezes, o idoso é preterido, torna-se invisível e é legitimado em sua nulidade por padrões sociais de juventude, beleza e produtividade eternas. O Plantão Psicológico é um espaço de promoção da saúde e qualidade de vida, onde o idoso se beneficia de uma escuta qualificada, além da acessibilidade por ser um serviço de pronto atendimento, sem a necessidade de retornos e agendamento. O Serviço de Plantão é entendido como um lugar de possibilidades, de outras ofertas que podem gerar efeitos terapêuticos, como rodas de conversa, oficinas de arte. Pode-se pensar em um desdobramento do próprio Plantão, a criação de um grupo terapêutico com o intuito de se trabalhar através da conexão criativa, a expressão de si como um caminho para o poder pessoal em um processo coletivo de formatividade, proporcionado através de um “fazer humanizado” dos profissionais psicólogos.