O envelhecimento populacional é uma tendência mundial, evidenciada pelo aumento da expectativa de vida e uma maior longevidade das pessoas. Em países em desenvolvimento, como o Brasil, este fenômeno consiste em um novo desafio à saúde pública, pois o aumento da expectativa de vida está associado a um aumento na prevalência de doenças pertinentes ao envelhecimento. O cuidado às pessoas idosas é um dos principais desafios vigentes, uma vez que o aumento da longevidade não garante uma velhice saudável e bem-sucedida. Na perspectiva da Psicologia do Envelhecimento e Gerontologia, ressalta-se a relevância de investigações que abordem as crenças do idoso e suas perspectivas de velhice, porque a identificação dos significados de velhice, não só para o idoso, como também para todos aqueles que convivem e atuam com ele, é uma necessidade, posto que, o comportamento psicossocial é mediado pelas crenças e atitudes. O presente artigo teve por objetivo identificar e analisar a produção científica nacional e internacional acerca das crenças e percepção de idosos sobre o processo de envelhecimento e a velhice. O estudo consistiu em uma revisão integrativa da literatura, através do levantamento das seguintes bases de dados: Scopus, Web of Science e BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). Os estudos analisados indicam que os idosos, em geral, têm uma percepção heterogênea em relação à compreensão do envelhecimento. No entanto, uma parte significativa dos idosos associaram a velhice a uma fase da vida com repercussões negativas, devido ao aparecimento das doenças e limitações funcionais e, principalmente, à redução da disponibilidade para o trabalho. Além disto, os estudos indicam a relevância de se conhecer e compreender as crenças estereotipadas e distorcidas acerca do processo de envelhecimento, bem como a facilitação de atitudes positivas em relação à velhice, visando a promoção de uma vivência saudável e com qualidade, ao final da vida.