Pacientes com Alzheimer apresentam déficits cognitivos que evoluem progressivamente e são irreversíveis, caracterizados por distúrbios de memória e declínio funcional, os quais comprometem a autonomia e independência. Assim, interferindo na realização das atividades básicas da vida diária do indivíduo ou total dependência. Nesses casos, requer dos familiares dedicação integral, o que, muitas vezes, pode afetar sua própria saúde causando desgaste emocional, tristeza, esgotamento, sofrimento e situações estressantes que afetam a qualidade de vida. O sofrimento moral pode ser entendido como aquele que atinge a mente, corpo ou relações, em decorrência de uma situação na qual há consciência da moralidade, pois a pessoa constata sua responsabilidade moral e, dessarte, julga moralmente o que é correto. Trata-se de uma revisão integrativa realizada por meio de busca no portal da Biblioteca Virtual em Saúde, Scielo e Lilacs. Foram incluídos textos completos, disponibilizados em português utilizando os seguintes descritores: “Sofrimento Moral”, “Família”, “Idoso” e “Alzheimer”. Foram identificados 3.602 nas bases de dados da pesquisa, sendo removidos artigos duplicados e que não se enquadraram na pesquisa. Dessa forma, foram selecionados nove artigos para leitura completa. As evidências destacam que cuidar de uma pessoa com a doença de Alzheimer é complexo e desafiador, uma vez que o estresse e o cansaço passam a fazer parte da rotina, caracterizado por uma sobrecarga biopsicossocial de quem cuida. As famílias tendem a modificar suas regras de funcionamento e dividirem as responsabilidades, entretanto, nem todos os membros assumem de forma equânime tal responsabilidade. Destaca-se que o cuidar envolve sentimentos de obrigação filial e gratidão, direcionando a obrigação moral e ética manifestada em uma regra de cuidar entre os familiares. Estes também apresentam necessidades de apoio para melhorar sua própria qualidade de vida.