Atualmente, os métodos tradicionais para o tratamento das neoplasias de cabeça e pescoço são a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. O tratamento a ser instituído estará na dependência da localização, do grau de malignidade, do estadiamento clínico do tumor e da condição de saúde do indivíduo. Por sua vez, a radioterapia pode ser indicada como tratamento isolado, no pós-operatório ou pré-operatório, visando a cura, diminuição do volume do tumor ou melhora dos sintomas do paciente. São inúmeros os efeitos secundários da radioterapia, sendo a osteorradionecrose uma das mais severas e sérias complicações bucais do tratamento radioterápico do câncer da cabeça e pescoço. A osteorradionecrose (ORN) é uma necrose isquêmica do osso, causada por uma alteração hipovascular, hipocelular e uma hipóxia tecidual. No momento do diagnóstico, pode envolver o osso tanto superficialmente como profundamente. Além disso, pode ser um processo lentamente progressivo ou de evolução rápida, eventualmente, levando a uma fratura patológica. Os fatores predisponentes relacionados à ORN da mandíbula incluem exodontias, doença periodontal, abcesso dento-alveolar, cáries extensas no local anatômico do tumor durante a radioterapia ou no período pós-operatório. Hábitos de fumar ou fazer uso de bebida alcoólica podem, também, aumentar o risco de ORN. O presente trabalho relata um caso de osteorradionecrose em mandíbula que resultou em fratura óssea patológica, sendo realizada uma associação de terapêuticas para tratamento e controle das complicações que trouxe uma satisfatória resposta a longo prazo, utilizando o protocolo de terapia fotodinâmica associada com antibiticoterapia sistêmica.