Introdução: A expectativa de vida está aumentando progressivamente ao redor do mundo, o que causa mudanças no padrão de envelhecimento da população, o qual é um processo ativo e complexo que está relacionado a uma vida adulta saudável. Nesse contexto, haverá cada vez mais pessoas que necessitarão de serviços de saúde ao atingirem a terceira idade. Objetivo: Avaliar as condições sociodemográficas e demandas de saúde de pessoas idosas atendidas na Atenção Primária à Saúde (APS). Método: Estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado com pessoas idosas atendidas na APS dos municípios de Natal e Santa Cruz, no Rio Grande do Norte. Foram avaliados os dados sociodemográficos e de saúde, considerando a presença de depressão, dor, estado nutricional e funcionalidade. Os dados foram tabulados no software Microsoft® Excel e analisados no software SPSS, sendo utilizado o teste não-paramétrico Qui-Quadrado e teste exato de Fisher para os dados sociodemográficos e de saúde. Foi considerado significância quando ?-valor ? 0,05. Resultados: Predominaram pessoas idosas de 65 a 80 anos (89%), do sexo feminino (73%), com baixa escolaridade (79%) e renda (58%). Quanto às condições de saúde, a maioria apresentava doenças crônicas (79%), dor (83%), sobretudo intensa (39%), estado nutricional comprometido (90%), sintomas depressivos (56%) e risco de declínio funcional (56%). Foram identificadas diferenças estatisticamente significativas nas variáveis relacionadas à faixa etária, sexo, escolaridade, presença e intensidade de dor, presença de doenças crônicas, estado nutricional e funcionalidade. Conclusão: Frente ao perfil identificado nesta pesquisa, observa-se que as pessoas idosas apresentam-se vulnerabilizadas e, com isso, urge a necessidade de avaliar constantemente estas condições e como elas influenciam a vida da pessoa idosa. Além disso, é de extrema relevância a implementação de ações que promovam a saúde e a qualidade de vida desses indivíduos, as quais facilitam a manutenção de um envelhecer ativo e saudável.