Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) representa uma das principais causas de morte no Brasil, tendo o aumento da sua prevalência relacionado ao envelhecimento da população. Apesar disso, o nível de conhecimento sobre suas manifestações clínicas e socorro imediato necessário ainda é débil. Objetivo: Avaliar o conhecimento sobre o AVC na população de Santa Cruz-RN, fazendo um comparativo entre o conhecimento de adultos e idosos. Metodologia: Trata-se de um estudo primário, observacional, analítico e transversal, no qual foram incluídos 277 participantes, divididos em grupos de adultos e idosos. A avaliação foi realizada a partir de um instrumento elaborado pela equipe, buscando coletar informações a respeito do conhecimento prévio sobre o AVC, como, se já ouviram falar sobre a doença, o conhecimento sobre o que é a doença e a sigla, sinais de alerta, tempo de socorro e telefone do SAMU. A análise estatística foi realizada por meio do aplicativo JASP, sendo utilizado o teste qui-quadrado para a comparação entre os grupos. Resultados: Dos 277 participantes, 227 eram adultos (idade média 39,65 ± 11,34 anos) e 50 idosos (idade média 69,94 ± 7,29). Para as variáveis analisadas foi observado que, comparados com os adultos, os idosos erraram mais o conceito do AVC (X2= 1,636, p=0,049), porém ouviram falar mais sobre ele (X2= 7,419, p=0,006), e conheciam menos o contato do SAMU (X2= 6,453, p=0,01). De forma geral, os sinais de alerta foram bem reconhecidos por ambos os grupos, com um melhor reconhecimento dos sinais que fazem parte das campanhas de AVC, no mnemônico SAMU (Sorrir, abraçar, música e urgência). Conclusão: Embora o grupo de idosos tenha ouvido mais sobre o AVC em relação aos adultos, eles possuem menos entendimento sobre o evento. Sob esse prisma, é relevante ressaltar a importância desses tópicos nas campanhas de conscientização da população idosa.