Introdução: A fragilidade representa um estado de aumento de vulnerabilidade fisiológica, com repercussões na adaptação homeostática e capacidade funcional, impondo o rastreio na comunidade de pessoas idosas com esta condição, em particular os residentes em instituições de longa permanência. Objetivo: Investigar o perfil social e clínico-funcional de idosos residentes em instituição de longa permanência pública. Métodos: Estudo transversal em instituição de longa permanência para idosos governamental. Amostra de 40 participantes, ambos os sexos, idade igual ou superior a sessenta anos. A ficha de coleta com categorias social (naturalidade, escolaridade, religião, tempo de permanência, procedência, motivo do acolhimento, vínculos familiares e benefícios), de saúde (patologias, hábitos de vida, medicamentos, cirurgias, quedas no último ano, plano de saúde e hospitalizações, índice de massa corpórea, circunferência da panturrilha) e funcionalidade (escore de incapacidade e protocolo de identificação do idoso vulnerável (VES-13). Dados tabulados no software Excel® 2016 e análise estatística por meio do software BioEstat versão 5.0. Estudo submetido e aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob nº 01265318.4.0000.0017. Resultados: Predomínio de idosos do gênero feminino (42,2%), na faixa etária de 70 a 79 anos (47,5%), solteiros (80%), naturais da região metropolitana de Belém (52,5%), com nenhuma escolaridade (55%), pardos (60%), católicos (78,9%), sem vínculo familiar (70%), sem filhos (70%), institucionalizados via Ministério Público (42,5%), renda mensal por benefício de prestação continuada (72,5%), acesso a saúde pelo Sistema Único de Saúde (95%) e média de 10 anos de institucionalização. Uso de medicamentos (97,5%), em polifarmácia (72,5%), hipertensão arterial sistêmica como doença mais frequente (55%), sobrepeso (40%), circunferência da panturrilha maior que 31 centímetros (62,5%), grau de independência I (40%) e média de 6,02 pontos no VES-13. Conclusão: As pessoas idosas institucionalizadas apresentavam elevada vulnerabilidade social, doenças crônicas não transmissíveis com utilização de múltiplos medicamentos e aspectos funcionais de idosos vulneráveis.