O objeto de estudo consiste na problemática da violência doméstica sofrida por idosos frágeis, já que este é um grupo mais vulnerável a se tornar vítima de violência. Tal pesquisa justifica-se pelo fato de que o envelhecimento populacional é uma questão de saúde pública e, portanto, a violência contra o idoso fragilizado, merece um olhar atento de modo a fornecer subsídios para elaboração de mecanismos de execução de políticas públicas e enfrentamento a esse problema. O objetivo do presente estudo é identificar a relação entre o risco de violência no âmbito familiar e a fragilidade em idosos. A metodologia deste trabalho tem como base a pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa, exploratória e descritiva a partir de dados de artigos científicos, periódicos e da legislação vigente. A pesquisa tem como hipótese que a fragilidade do idoso, caracterizada por uma maior dependência funcional e cognitiva, maior propensão a doenças agudas e crônicas, imobilidade e outros, levariam a maior suscetibilidade a agressores, colocando estes idosos em risco de sofrer várias formas de violência doméstica inferindo na sua saúde física e mental. Os resultados do estudo identificaram várias formas de violência doméstica e que a população idosa frágil vitimada possui uma taxa de morbidade muito mais alta do que a de idosos robustos. Os principais fatores que contribuem para ocorrência de violência no âmbito familiar estão relacionados com dificuldades da família em lidar com a fragilidade do idoso, agravada, sobretudo por dificuldades financeiras e pobreza. Como principais consequências da violência contra o idoso fragilizado destacam-se: desnutrição, desidratação, traumas físicos, alterações no sono e apetite, distúrbios de humor e agravamento das incapacidades. Conclui-se que, na maioria das vezes, as violências cometidas contra os idosos ocorrem de maneira velada, dificultando a distinção entre o declínio físico e cognitivo relacionados a Síndrome da Fragilidade e os maus-tratos.