Introdução: Mundialmente, o envelhecimento populacional é um dos fenómenos mais significativos do século XXI e acarreta consigo implicações sociais, económicas, políticas e de saúde. O envelhecimento ativo tem como objetivo o aumento da expectativa de vida ativa, com qualidade, independente da idade. As quedas e as consequentes lesões são problemas de saúde graves para os idosos. Objetivos: Avaliar os fatores de risco de queda, pessoais e ambientais dos idosos cabo-verdianos com idade igual ou superior aos 65 anos da ilha de Santiago. Material e métodos: Estudo exploratório, de base populacional, e de desenho transversal. Foi realizado o cálculo para obter a amostra precisa em percentagem, tendo em conta o total de 12 461 idosos. Instrumentos de medida: Questionários para recolha de dados sociodemográficos e antropométricos, autoeficácia para o exercício, questões relacionadas com a história de quedas e fatores de risco, perceção de saúde, e testes funcionais. Procedimentos: A recolha de dados foi realizada de 29 de março a 1 de maio de 2021 e todos os critérios de inclusão e exclusão foram respeitados. Análise estatística: Foi utilizado o software estatístico SPSS v.22, estatísticas descritivas simples e os testes Anova, Qui quadrado e t-student. Resultados: No presente estudo, 29,8% disseram ter caído; em casa (44,9%), na rua (11,2%), e em casa/na rua (43,9%). Inquiridos que caíram 80,6% são do sexo feminino e 19,4% são do sexo masculino. Os sujeitos com problemas de visão que tiveram queda nos últimos 6 meses representam 19.0% e 81.0%, respetivamente para os sexos masculino e feminino. Os idosos têm alto desempenho físico, existindo correlação entre todos os testes da capacidade funcional com a idade, embora não diferenciada pelo género. Conclusões: A falta de mobilidade pode levar os idosos a uma grande incapacidade funcional interferindo não só na vida deles como também na vida dos familiares.