As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) caracterizam-se como um grave problema de saúde pública e são responsáveis por 70% do total de óbitos no mundo, evidenciando as doenças cardiovasculares (DCVs) como um dos principais agravantes nessa totalidade. Doenças crônicas, segundo a Portaria nº 483, de 1º de abril de 2014, são aquelas que apresentam início gradual, de longa duração que, em geral, apresentam múltiplas causas, envolvendo no tratamento, além de medidas farmacológicas, mudanças de estilo de vida, em um processo de cuidado contínuo; a assistência à portadores de DCNTs é indispensável para atingir a estabilidade do quadro. O presente estudo objetivou revisar as últimas publicações acerca de fatores que podem agravar o quadro de dislipidemias em idosas do gênero feminino. Tratou-se de um estudo qualitativo, através do método de revisão de literatura, utilizando como critério de inclusão artigos publicados no período entre 2018-2023, fazendo-se uso de bases eletrônicas como PubMed, LILACs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SciELO para consultas, empregando os descritores “dislipidemias”, “idosas”, “doenças crônicas”, “síndromes metabólicas” e suas variadas combinações, resultando em uma coletânea de 7 artigos científicos. Foi observado que fatores como hipotireoidismo, obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo de bebidas alcóolicas, hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus (DM1), além da avançada idade, contribuem para o desenvolvimento de dislipidemias em mulheres, tendo como fator adicional a falta de hábitos saudáveis durante a vida, o que favorece o agravo do quadro dislipidêmico. Diante do exposto, observou-se que tais fatores são, em sua maioria, modificáveis, o que enfatiza a necessidade da promoção de ações em saúde visando maior incidência na prevenção e no manejo de portadoras de DCNTs.