O isolamento social, consequência da Covid-19, repercutiu negativamente na aptidão física dos idosos. O estudo teve como objetivo, verificar o nível de aptidão física dos participantes de uma Universidade aberta à terceira idade antes e após isolamento social. Trata-se de um estudo comparativo prospectivo, realizado em uma Universidade aberta à terceira idade, em Salvador, Bahia, de outubro a dezembro de 2019 e abril a julho de 2022. A amostra por conveniência, incluiu idosos ? a 60 anos, independentes para as atividades básicas de vida diária (50 pontos no Índice de Barthel modificado). Como critérios de exclusão: assiduidade <70% nos últimos três meses, ter participado da oficina <3 meses, possuir deficiência visual e/ou auditiva e de linguagem grave não corrigida e pontuação no Mini Exame do Estado Mental menor que o ponto de corte da escolaridade. Os dados clínicos e sociodemográficos coletados por formulário. A aptidão física avaliada pelo teste de caminhada de 6 minutos, o teste de sentar e levantar cinco vezes e o teste de sentar e alcançar. Foi calculada a distância predita no teste de caminhada de 6 minutos e o índice de massa corporal. Através de uma entrevista utilizou-se o Questionário Sênior de Atividades Físicas para Idosos. Participaram 22 idosos com 74 (±2) anos, a maior parte mulheres, solteiras, nível superior, renda de 3 salários mínimos, hipertensas. Praticavam atividade física, mas na pandemia potencializaram, porém a maioria realiza ?150 minutos semanais, apresentando pior flexibilidade e mais tempo livre nas atividades de produção de energia e força pós-isolamento. Não apresentaram mudança significativa nos outros aspectos da aptidão física. Conclui-se que os idosos não reduziram o nível de aptidão física em meio ao isolamento, devido a educação em saúde e o estilo de vida ativo estimulado pela Universidade aberta à terceira idade.