O processo de envelhecimento natural é influenciado por fatores ambientais modificáveis ??e imutáveis?? como idade, gênero, etnia, níveis sociais, experiências de vida, entre outros. O presente artigo tem como objetivo descrever as razões pelas quais os corpos considerados “velhos” e LGBTQIAP+ são considerados abjetos, ou seja, não alcançam o status de sujeito, enriquecendo o debate acerca das dificuldades que essa população enfrenta. Para embasar as discussões, foi utilizado como referencial teórico a Psicologia Social e a obra “Corpos que Importam”, de Judith Butler. A metodologia adotada foi a revisão integrativa de literatura e com abordagem qualitativa. A pesquisa foi conduzida de março a outubro de 2022, utilizando a base de dados Periódicos CAPES. Os descritores utilizados foram: velhice e LGBT, separados pelo operador booleano AND. Foram excluídos materiais literários não relacionados ao tema proposto, e foram incluídos aqueles com menos de 10 anos de publicação, em português e com acesso livre. Ao final, foram selecionados 7 artigos científicos e um livro, que permitiram a criação das categorias de análise: o conceito de corpo nos estudos de Butler, e como as características desses corpos estão ligadas à violência. A análise de conteúdo dos textos selecionados revelou que a sociedade ainda reproduz sistematicamente pensamentos opressores oriundos da repressão da sexualidade ao longo dos anos. Os idosos LGBTQIAP+ são vistos como corpos abjetos, o que resulta em políticas de violência contra eles, uma vez que não reconhecidos sofrem desumanização e opressão. Essa discriminação pode vir a negligenciar aspectos importantes da diversidade sexual e de gênero da população da pesquisa. É fundamental que esses indivíduos tenham acesso a políticas assistenciais e de saúde adequadas às suas especificidades, uma vez que a subjetividade difere para cada sujeito.