Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é uma neuropatia progressiva caracterizada pelo acúmulo cerebral de peptídeo ?-amilóide e proteína tau hiperfosforilada. Dessa forma, estudos referem a possibilidade de que patógenos infecciosos como a bactéria Chlamydia pneumoniae (CPN) podem se infiltrar e colonizar o cérebro. Logo, podem atuar como um cofator ou mesmo um causador para a DA. Objetivo: Investigar a relação da infecção pela Chlamydia pneumoniae na Doença de Alzheimer. Método e materiais: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura que realizou um levantamento de artigos na Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os descritores: “doença de Alzheimer" AND” chlamydia pneumoniae”, encontrando-se 17 estudos. Após a aplicação dos filtros: texto completo; bases de dados: MEDLINE; Idioma: inglês; no período de 2019 até 2023, manteve-se o número de trabalhos. Resultados: Desses 17 artigos encontrados, excluíram-se 2 estudos por fuga temática e 7 por não estarem disponíveis na íntegra, constituindo um corpus final de 8 publicações. As evidências referem que o envelhecimento é um fator de risco para DA assim como para a aquisição de CPN e o acometimento cerebral por meio de patógenos bacterianos pode atuar como um gatilho ou cofator para a Doença de Alzheimer. Assim sendo, a infecção se inicia com os patógenos atravessando a barreira hematoencefálica enfraquecida, atingindo o Sistema Nervoso Central e provocando danos neurológicos e neuroinflamatórios, aumentando a permeabilidade da barreira hematoencefálica e influenciando o desenvolvimento da DA. Os estudos pontuam duas perspectivas para elucidar a ligação entre CPN e a DA: a primeira é que pacientes com DA são particularmente suscetíveis a infecções microbianas e a outra é que a infecção microbiana é um motivo etiológico que colabora para o desenvolvimento da DA. Conclusão: Por se tratar de uma correlação ainda com estudos incipientes, sugere-se mais evidências científicas que possam comprovar ou descartar tal relação.