A coexistência de uma condição dolorosa causada pela disfunção temporomandibular e pela síndrome da fibromialgia, tem sido frequentemente descrita por vários estudos. no entanto, a hipótese mais provável é que um conjunto de características da referida síndrome pode levar ao aparecimento de sintomas de disfunção temporomandibular. Objetivo: determinar a prevalência de distúrbios da articulação temporomandibular em pacientes com fibromialgia, bem como identificar fatores que contribuem para a manifestação de distúrbios da articulação temporomandibular. Metodologia: estudo analítico do tipo transversal, realizado no Hospital Universitário Alcides Carneiro, no qual foram abordados 45 sujeitos previamente diagnosticados com fibromialgia. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados o questionário research diagnostic criteria for temporomandibular disorders. a técnica de análise, se deu a partir da estatística descritiva (frequência absoluta e percentual). Resultado: Observou-se que 80% dos pacientes entrevistados eram acometidos por disfunção temporomandibular, sendo a dor presente de intensidade forte, embora não atrapalhasse significativamente as atividades diárias, capacidade de trabalhar e disposição com o convívio social. Pôde-se perceber que o sofrimento trazido pela referida disfunção era atenuado pelos sintomas da fibromialgia em outras partes do corpo. Além disso, 60% dos sujeitos que participaram da pesquisa tinham pelo menos um sintoma oral em comum, como estalos, rangidos, bruxismo, cansaço da musculatura e zumbido no ouvido. Ressalta-se também, dificuldade para mastigar, bocejar, abrir/fechar a boca e até mesmo dar gargalhada. No entanto, absolutamente todos os sujeitos negaram trauma físico prévio que justificasse os sintomas. Conclusão: Pôde-se concluir através deste estudo que pacientes com fibromialgia possuem alta prevalência a desenvolver a disfunção temporomandibular, devido à condição clínica decorre de uma alteração em comum das duas doenças, no eixo hipotálamo-hipofisário, o qual representa o principal caminho de resposta neuroendócrina ao estresse, de modo a alterar os níveis de cortisol, do hormônio do crescimento e de serotonina.