O processo de envelhecimento da população brasileira e a ampliação da longevidade apresentam desafios relevantes para a saúde coletiva. A compreensão desses processos é fundamental para a formulação de políticas públicas eficazes e a promoção do envelhecimento saudável. O Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na atenção primária e na Estratégia Saúde da Família (ESF), desempenha um papel essencial nesse cenário. A visita domiciliar representa uma ferramenta valiosa para compreender as necessidades e vulnerabilidades individuais e familiares, que assim guiam a tomada de decisão adequada sobre a assistência a ser implementada. Este estudo relata a experiência de uma visita domiciliar realizada com foco em uma idosa de 72 anos e o seu contexto familiar, bem como a proposição de um Plano de Atenção em Saúde Coletiva (PLASC) abrangente e personalizado, com vistas a melhorar a qualidade de vida e promover cuidados especializados e singularizados. As ferramentas de ecomapa e genograma foram empregadas para compreender a estrutura e dinâmica familiares. A visita domiciliar possibilitou a identificação de riscos e a formulação de diagnósticos de enfermagem, direcionando intervenções voltadas para aspectos como hipertensão, diabetes, ansiedade e sedentarismo. A importância da interdisciplinaridade e da abordagem integral na assistência também foi destacada. A política nacional de saúde da pessoa idosa reforça a relevância da visita domiciliar na promoção do envelhecimento saudável. Os resultados indicam que a visita domiciliar e a elaboração do PLASC são ferramentas essenciais para a assistência qualificada, proporcionando intervenções voltadas para as necessidades reais dos pacientes e suas famílias.