Este artigo revisita memórias do Projeto de Extensão intitulado de “Juventudes, Direitos e Cidade”. Tem como objetivo relatar a oficina que teve “Direitos Humanos” como palavra geradora. A referida oficina buscou responder à pergunta “o que são Direitos Humanos e para que servem?”, com enfoque inicial na problematização acerca da discriminação de grupos sociais e na discussão acerca da concepção de “dignidade da pessoa humana”. A oficina teve duração de 4 horas, direcionada a adolescentes de três comunidades urbanas de Recife-PE e fez uso de metodologias dialógicas, articulando recursos audiovisuais lúdicos, dinâmica de grupo e conteúdo de educação em Direitos Humanos. Iniciou-se com a leitura do texto poético intitulado de “Intertexto”, de Bertolt Brecht. Após, aconteceu uma dinâmica de grupo “apelidada”, neste momento, de “Rotulação”: com fitas adesivas foram, aleatoriamente, colocadas tarjetas nas testas dos jovens pelos outros jovens – educação entre pares – com conceitos atribuídos pejorativamente a grupos socialmente discriminados. Em seguida, houve uma explanação expositivo-dialogada acerca do “conceito de Direito”, “Direitos Humanos”, “Direitos Humanos na perspectiva da dignidade da pessoa humana”, “Historicidade dos Direitos Humanos – Direitos de 1a, 2a e 3a gerações”. Teve como principais aportes legais e teóricos, respectivamente: Brasil (1988), Organização das Nações Unidas (1948), Akiko (2018) e Pacheco (2017). Por fim, utilizou-se um vídeo com o tema “Discriminação e Preconceito” – parte do programa “Diz Aí”, do DVD 11 da série “Maleta Juventudes”, do Canal Futura; junto às seguintes perguntas disparadoras: a) “onde se percebe, todos os dias, a ‘desumanização’ e a discriminação das pessoas – seja na vida real, filmes, séries, novelas e etc?”; b) “qual o papel que o Estado teve (ou deveria ter) em relação aos exemplos dados?”. Compreende-se essa oficina como uma experiência em Educação Popular, tendo como destaque o uso de metodologias dialógicas e a educação em Direitos Humanos.