A linguagem matemática pode ser definida como um sistema simbólico, com símbolos próprios que se relacionam segundo determinadas regras. Considerando que o professor, ao fazer uso apenas da oralidade para ensinar matemática para estudantes com deficiência visual, pode contribuir para o surgimento de lacunas na aprendizagem, uma vez que símbolos relevantes para a apropriação desses conteúdos não são apresentados. Para tanto, o ensino da matemática para o estudante com deficiência visual, especialmente estudantes cegos que fazem uso do sistema Braille, deve garantir o acesso aos conteúdos em acordo com o Código Matemático Unificado para a Língua Portuguesa – CMU. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo realizar a adaptação para o Braille do assunto de função polinomial do 2º grau, para estudantes do 1º ano do ensino médio, a fim de garantir acessibilidade aos estudantes com deficiência visual, bem como a seus professores. A metodologia consistiu em adaptar o assunto escolhido, em acordo com o CMU, fazendo uso de dois softwares: o Word, para edição do texto em tinta, e o Monet, para adaptação em Braille, sendo impressos por uma impressora a jato de tinta e uma impressora Braille. O trabalho resultou na elaboração de uma cartilha acessível em Braille, possibilitando ao estudante ter contato com o sistema simbólico na linguagem matemática, para que o mesmo não seja um mero espectador, devendo ser oportunizado a atuar ativamente no processo de construção dos conceitos abordados.