O artigo submetido aborda algumas questões que permeiam o cotidiano da escola a partir do olhar de uma gestão escolar compartilhada e democrática. Este trabalho decorre das discussões erigidas por membros de uma gestão escolar que compreendem a escola enquanto lugar de empoderamento e conscientização dos humanos. Nossa discussão se configura por meio de uma abordagem em que situa uma concepção pedagógico-administrativa progressista que se afasta das compreensivas tecnicistas, burocratizantes, de natureza impessoal e patrocinada pelos neoliberalistas da educação. Na presente reflexão, compreendemos uma gestão democrática demarcada pelos princípios e práticas da Educação Popular que contribui para que o processo educativo promova a emancipação dos sujeitos, tornando-os crítico-reflexivos e protagonistas de suas histórias. Nesse diapasão, a gestão democrática deixa de constituir-se verniz social e chavão político de natureza modística e passa a servir de espaços reais de aprendizagens múltiplas por parte de todos os atores/atrizes sociais socioculturais. Pretende, esta pesquisa revisitar os principais teóricos que discutem a gestão democrática à luz da Educação Popular em diálogo com a experiência de gestão escolar vivenciada pelos os autores no município de Cabedelo – PB. Ademais, essas discussões têm pertinência socioestrutural quando em pleno século XXI observa-se práticas centralizadoras e pouco democráticas. Em sendo assim, a escola pode inspirar e formar sujeitos sociais éticos e políticos, comprometidos com a transformação social que considera as diferenças e a diversidade cultural não enquanto problema a ser resolvido, mas como ganho pedagógico (escola) e cultural (sociedade).