A pesquisa investiga a Prática como Componente Curricular (PCC) na licenciatura em Física, constituindo um estudo de abordagem qualitativa, adotando-se como procedimento um estudo de caso com a realização de entrevista semiestruturada sob análise de conteúdo. Compondo a metodologia, tem-se o Estado da Questão em desenvolvimento, buscando evidenciar o que existe na ciência em torno dessa temática. Nesse propósito, fez-se o acesso à Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações com dois descritores: Prática como Componente Curricular e Prática como Componente Curricular na Física, tendo como marco temporal da pesquisa, a Resolução CNE/CP nº 2/2015. Mediante leitura do título e resumo das publicações selecionadas, escolheu-se uma dissertação de mestrado e duas teses de doutorado. A dissertação aponta um recorte histórico das licenciaturas no Brasil, incluindo o modelo 3+1, passando pela Reforma Universitária de 1968 até chegar à Resolução CNE/CP nº 2/2015, consolidando a oficialização da fragmentação da formação de professores. Das duas teses, tem-se na primeira um levantamento robusto da legislação, a partir de meados do século XX até a legislação atual, mostrando a falta de entendimento sobre a Prática como Componente Curricular (PCC), situação que se atribui ao fato de que, por muito tempo, a prática de ensino foi definida como Estágio Supervisionado. Esse contexto contribui às sucessivas implementações de leis para torná-la obrigatória na licenciatura. A segunda tese direciona o olhar para o Estágio Supervisionado, reconhecendo que a Prática como Componente Curricular deve se fazer presente em toda a formação na licenciatura, reiterando a obrigatoriedade que a legislação atual apresenta.