Esse artigo objetiva desvelar, a partir da Pedagogia Histórico-Crítica, a concepção de trabalho educativo presente no documento “Base Nacional Comum para a formação Continuada de professores da Educação Básica” e elaborar uma análise crítica a respeito da educação e formação continuada de professores. Nossa problemática, baseia-se em perceber o ideário que permeia no documento analisado e como se articula com os objetivos das classes sociais antagônicas nesta sociedade. Nesse aspecto, é imprescindível refletir sobre os alicerces que se estruturam o trabalho educativo. Para isso e por isso, realizou-se uma análise crítica do referido documento. O método científico a ser utilizado para análise do objeto proposto é a perspectiva ontológica marxista. A teoria educacional e pedagógica que embasa a investigação é a Pedagogia Histórico-Crítica. O método proposto concebe que a realidade social é uma totalidade, isto é, um conjunto de partes articuladas entre si, em permanente movimento, em determinação recíproca, marcada por mediações e contradições. Entende-se que a realidade social não é feita apenas daquilo que aparece imediatamente, ou seja, possui uma essência que corresponde a desmitificação da aparência. Nesse sentido, pode-se afirmar que o documento em questão não é neutro, ou seja, carrega ideários educacionais afinados com a lógica da sociedade capitalista. Fica evidente também, que a apropriação pelo professor de instrumentos, estratégias, metodologias ativas de aprendizagem são exaltadas e tida como condição para que o estudante atinja o pleno desenvolvimento. Sendo assim, a concepção de formação continuada de professores da Educação Básica presente no documento direciona-se a favor do esvaziamento de uma sólida formação. Faz-se assim, fundamental, pensá-la de forma crítica, e posicionar-se a favor de uma formação que esteja aliada aos interesses da classe trabalhadora e não da reprodução do capital.