Diante do cenário contemporâneo acerca do ensino e da aprendizagem musical, é possível buscar a compreensão da diversidade das práticas e, consequentemente, das metodologias as quais os músicos populares fazem uso em seus estudos diários. Com isso, objetivamos a reflexão acerca da formação dos músicos populares, estabelecendo o diálogo a partir da profissionalização e das ofertas de currículos populares nos Conservatórios e Universidades. Diante do recorte histórico, é necessário a percepção de que a aprendizagem do músico popular está completamente imersa em seu meio de convivência social, musical e, consequentemente, profissional. Estes adquirem a competência profissional a partir da educação informal que são “[...] processos de aquisição de conhecimentos, experiências, ideias, valores, práticas, que não estão ligados especificamente a uma instituição”. (LIBÂNEO, 1994, p.17). A autonomia, presente na formação destes profissionais, faz parte do processo da autoaprendizagem, que ocorre quando o músico conduz a sua própria formação. Segundo Corrêa (2000), acontece a aprendizagem quando os músicos são os protagonistas dos seus estudos, não transitando pelos meios formais de ensino. Para Gohn (2003, p. 31), caracteriza-se pela autonomia, quando o indivíduo decide aprender música sozinho, quando “[...] pode ser interpretado como um processo de aprendizagem composto por espécies de ‘pesquisas particulares’” (PODESTÁ, 2003, p. 62). Diante da autoaprendizagem, surgem algumas questões norteadoras: Por que os músicos populares, em grande maioria, optaram pela sua autonomia em aprender Música? Por que, historicamente, a Música Popular não esteve presente nos Conservatórios e Universidades? A luz das reflexões, é preciso o (re)conhecimento das práticas de ensino e de aprendizagem dos músicos populares, enaltecendo toda a sua trajetória de formação profissional. Portanto, a defesa é que o presente trabalho consiga corroborar às reflexões acerca do processo de formação e de profissionalização dos músicos populares, enaltecendo a temática, tão necessária e válida, também nos espaços acadêmicos.