O presente artigo tem como objetivo proporcionar uma reflexão introdutória sobre aspectos relacionados à diversidade cultural na escola a partir do currículo e da criação da Lei 10.639/03. Examina-se brevemente como o mercado capitalista vem fortalecendo a discriminação e as diversas formas de racismo por meio da padronização de comportamentos e pela produção de sujeitos e subjetividades, negligenciando as manifestações culturais e a diversidade observada nas escolas. Para tanto, a pesquisa utilizou como metodologia a pesquisa bibliográfica a partir dos estudos de Candau (2013), Silva e Zubaran (2012), Gomes e Silva (2018), Meyer (2018), Moreira e Câmara (2013), Silva (1999) entre outros. A pesquisa apontou que a criação da Lei 10.639/03 é um grande avanço como política pública educacional, mas que vinte anos de existência não nega os desafios na construção de um currículo que busca a valorização cultural e racial e principalmente a eliminação do racismo e da discriminação racial, pois ainda vemos uma organização curricular voltada para o eurocentrismo e para a formação de subjetividades padronizadas, exigidas pelo neoliberalismo.