O presente artigo tem como objetivo principal elucidar a importância do profissional da Psicologia frente ao contexto educacional, ressaltando a sua contribuição no entendimento dos processos subjetivos e de ensino-aprendizagem dos discentes. A psicologia educacional e escolar tem enfrentado desafios ao longo dos anos, sobretudo, devido à incompreensão por parte dos demais profissionais do campo educacional em relação à função desempenhada pelo psicólogo dentro da escola. De acordo com estudos realizados, ao longo do desenvolvimento da psicologia escolar, a sua atuação se baseava inicialmente nos problemas de aprendizagem e comportamentais dos alunos, empregando conhecimentos psicológicos por meio de acompanhamento psicológico, orientação vocacional e trabalhos com os professores, incluindo treinamentos. A psicologia na escola tinha como foco principal as psicopatologias dos alunos, utilizando predominantemente testes psicológicos com o propósito de avaliar suas habilidades e capacidades, a fim de identificar eventuais problemas psicopatológicos. Contudo, o psicólogo nesse âmbito possui a responsabilidade de aprimorar continuamente sua atuação diante das exigências que o ambiente escolar demanda. Isso implica realizar intervenções que se concentrem no cuidado integral do sujeito no que tange os processos subjetivos e de aprendizagem, levando em consideração sua história de vida, bem como os fatores sociais, econômicos e políticos que o permeiam. Desse modo, cabe ao psicólogo desenvolver intervenções de forma abrangente e contextualizada, contemplando todos os envolvidos no processo educacional do aluno, incluindo a família, os educadores, os demais estudantes e todos aqueles que fazem parte do cotidiano do indivíduo no ambiente escolar. Logo, a Psicologia na escola deve promover a compreensão do educando a partir de condições de vida concretas, sendo parâmetro necessário para a construção de práticas pedagógicas de inclusão e na transformação social.