Recentemente, a expressão educação linguística vem se popularizando para enfatizar a necessidade de disciplinas diversas que preparem o estudante para as trocas linguageiras cada vez mais complexas em sociedades cada vez mais tecnológico-digitais. Contudo, essa educação linguística deve ser direcionada tendo em vista seu público e os objetivos sociais que esse público pretende alcançar com a linguagem. Então, levando em consideração a importância de se discutir o tema, tratamos aqui de um relato de experiência de lecionar uma disciplina da área de linguagens (comunicação e oratória) aos moldes da Educação a Distância (EAD) numa turma de alunos da educação de jovens e adultos (EJA) de um curso de formação inicial e continuada (FIC) num campus de um Instituto Federal (IF) localizado no estado de Pernambuco. Objetivamos relatar, analisar e refletir sobre processos de ensino-aprendizagem durante o desenvolvimento da disciplina, materiais didático-pedagógicos utilizados, ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) e atores envolvidos: aluno(s) e professor(es). Com base no referencial teórico de Antunes (2014), Bianchi (2019), Demo (2012), Leffa (2016), Martins (2022) e Zanotto (2020) e por meio de uma metodologia de pesquisa qualitativa (PAIVA, 2019), os resultados preliminares demonstraram necessidade de formação docente inicial e/ou continuada para atuação em ambientes educacionais não convencionais, necessidade de maior autonomia discente, adaptação e/ou criação de materiais didático-pedagógicos específicos e necessidade de diversificação e/ou adaptação de ambientes virtuais de aprendizagem.