O presente trabalho se configura como uma pesquisa etnográfica, que objetivou analisar as contribuições do gênero crônica no processo autoral dos alunos (as) em uma turma de 2º Ano do Ensino Médio de uma escola pública do Sudoeste da Bahia. Para a construção do texto, fundamentamos nas discussões dos teóricos Brito (2020), Cândido (1992) e Maria Inez Matoso Silveira (2009), bem como, respaldamos na Base Nacional Comum Curricular (2018), que apresenta um campo vago de atuação do referido gênero textual, pois, há um apagamento das suas práticas e funcionalidades dentro do documento. As análises foram realizadas no período de março a junho de dois mil e vinte e três (2023), por meio de uma observação participante numa escola-campo. Os resultados revelam que o trabalho com gênero crônica é escasso e distante da realidade dos alunos (as), uma vez que prioriza um ensino voltado para escrita tecnicista, isto é, visando a aprovação em vestibulares e afastando de uma construção literária mais autônoma. Dessa forma, considera-se necessária uma dedicação acerca do gênero textual supracitado para que os profissionais, no ensino da língua portuguesa, busquem refletir sobre as suas metodologias em sala de aula para que a escrita seja cada vez mais comum na vida dos/as discentes.