Este artigo tem como objeto de análise o conteúdo voz passiva em livros didáticos (LD). Pretende identificar que abordagem está presente nos livros para o ensino das passivas. Discutiremos se é possível incorporar metodologias calcadas em abordagens funcionalistas para o ensino das estruturas passivas e, por fim, apresentaremos uma proposta ao professor. Como corpus, selecionamos três LD, todos do 8º ano (Ensino Fundamental II), utilizados na Rede Pública de Ensino da Paraíba e de Pernambuco e indicados à escola no Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) em 2020. A pesquisa tem base qualitativa e bibliográfica. Para a análise, o estudo revisitou autores como Bechara (2019), Cunha e Cintra (2016), Cegalla (2008), Bagno (2012), Bybee (2016), Shibatani (1985), Pontes (1986) entre outros; e apontou, como resultado das investigações, que nos três LD, os conceitos apresentados pelos autores para a voz passiva levam em conta, primordialmente, os aspectos sintáticos e os exercícios de cunho formalista têm maior peso. Assim, sugerimos que o livro não seja o único recurso de auxílio didático e que o docente, em sua autonomia, possa selecionar no livro aquilo que lhe pareça produtivo e estabelecer uma relação de complementaridade e diálogo entre ele e outros materiais.