A emancipação humana se configura como característica relevante aos sujeitos educativos da Educação de Jovens e Adultos ao possibilitar, para o público de uma modalidade de ensino marcada por negações, caminhos à libertação de um pensamento tutelado e hegemônico através do exercício da conscientização e do pensamento crítico. A partir desse entendimento assume-se que a robótica educacional, quando fundamentada em uma perspectiva socioconstrutivista, apresenta-se como possibilidade pedagógica a potencializar o processo de emancipação desses sujeitos, uma vez que a idealização de robôs para a realização de tarefas pensadas pelos próprios educandos viabilizam o exercício da interação, da colaboração, da mediação e a prática cognitiva à construção de novos conhecimentos em respeito à identidade cultural e aos saberes adquiridos ao longo da vida. Partindo deste contexto, este trabalho objetiva apresentar a perspectiva e os procedimentos adotados, a partir da análise cognitiva, que possibilitaram os caminhos necessários à investigação dos dados produzidos em uma pesquisa realizada sobre a emancipação humana na Educação de Jovens e Adultos utilizando a robótica educacional como recurso pedagógico. Para tanto, este artigo inicialmente apresenta o contexto da construção realizada, em seguida discute a perspectiva adotada, para então avançar sobre os procedimentos metodológicos empregados anunciando a trilha de análise definida com suas respectivas fases e etapas, ocasião em que apresenta as categorias e variáveis estabelecidas, assim como discute a heurística elaborada.