Este é um trabalho desenvolvido pelo Mestrado Profissional em Letras – Profletras, da Universidade Estadual da Paraíba, campus III e se insere no campo das Linguagens e Letramentos, com foco nos Estudos da Linguagem e Prática Social. Sua motivação surgiu da necessidade de trabalhar, em sala de aula, aspectos relacionados à função social da língua, após identificar o emprego, por parte dos alunos do 9° ano do ensino fundamental de uma escola na cidade de Patos - PB, de variantes lexicais que possuem sentidos pejorativos do ponto de vista pragmático-discursivo e que esse uso, muitas vezes, parecia ser irrefletido. Sendo assim, propomos uma série de atividades que têm por objetivo estudar os diferentes contextos de usos dessas variantes e suas consequências para a comunidade escolar. Com isso, pretendemos testar a hipótese de que após o estudo dos diferentes contextos de uso de variantes lexicais que possuem sentido pejorativo do ponto de vista pragmático-discursivo, os alunos passarão a monitorar o uso dessas variantes lexicais de acordo com os contextos comunicativos amenizando, assim, o uso aleatório de cunho pejorativo dos termos Para tanto, adotaremos o viés metodológico de uma pesquisa-ação e adaptaremos o modelo de intervenção proposto na sequência didática de Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004). Para tanto, desenvolveremos um questionário inicial e uma produção inicial, seguida por cinco módulos de estudos, nos quais realizaremos atividades de intervenção, e uma produção textual final. Usamos como embasamento teórico para este trabalho os pressupostos presentes em Antunes (2007), Freire (2001), na BNCC (2018) sobre o ensino de língua, assim também como as contribuições de Bagno (1999), Bortoni-Ricardo (2004), entre outros autores. Após a conclusão da pesquisa, esperamos contribuir positivamente para a diminuição de práticas sociais excludentes baseadas em preconceitos advindos pelo uso dessas formas de variação.