O Sistema Solar que conhecemos hoje é formado por oito planetas, que estão em órbita ao redor do Sol. Mas nem sempre foi assim. Ao longo da história, diversos estudiosos se empenharam na busca de um modelo que descrevesse a disposição dos planetas no universo. Nesse contexto, o matemático e astrônomo Johannes Kepler desenvolveu uma das mais bonitas representações do Sistema Solar. Para isto, Kepler relacionou os Poliedros de Platão à distância dos planetas ao Sol, defendendo, assim, a ideia de que Deus criou o universo de forma racional usando, para isto, a geometria. No entanto, apesar do modelo de Kepler fazer sentido intuitivamente, era necessária uma abordagem científica para confirmar as hipóteses do astrônomo. Assim, a partir de seus estudos, Kepler notou que havia contradições entre seu modelo e os dados observados. Isto porque os planetas não se moviam em torno do sol em círculos, como previu, mas sim em elipses, o que contrariava sua teoria. Mas a história do pensamento conhece inúmeras verdades estéreis e férteis erros. Nesse sentido, o erro do astrônomo foi uma força motriz que o guiou para a criação das conhecidas Leis de Kepler, que descrevem os movimentos dos planetas no Sistema Solar. Sob essa perspectiva, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise histórica acerca das contribuições de Kepler nos campos da astronomia e da matemática, destacando a importância de seus trabalhos para o heliocentrismo e para a criação da mecânica celeste moderna por Isaac Newton. Trata-se, portanto, de um estudo de natureza bibliográfica, ao buscar compreender as três Leis de Kepler sob uma abordagem histórica e matemática. A partir desta pesquisa, portanto, verifica-se a relevância da história do astrônomo para compreender o modelo de Sistema Solar conhecido atualmente e, ainda, as três leis que regem o nosso universo.