Esta pesquisa propõe algumas reflexões sobre a construção curricular a partir de uma breve abordagem histórica evidenciando como a ênfase na técnica é uma vertente marcante, além de apresentar as implicações sobre o conceito de Ensino por Competências e a Reforma do Ensino Médio. A compreensão do currículo enquanto um espaço político e pedagógico, demonstra como muitas das decisões estabelecidas nesse campo pode favorecer a reprodução da desigualdade de classes e a limitação da função escolar como lócus para o desenvolvimento de mão de obra, visando suprir a demanda do mercado e da economia. O campo curricular se apresenta como um espaço de conflitos e lutas, pois é justamente nesse terreno que compreendemos que a escola tem outras funções, tais como o desenvolvimento pleno dos estudantes, a fim de promover um cidadão crítico, participativo e capaz de transformar as limitações presentes na sociedade. Bem como, enfatizar a responsabilidade política que nossos representantes devem assumir em relação às decisões que envolvem a escola. Para esse estudo utilizamos uma revisão bibliográfica a respeito dos temas já mencionados. Percebe-se que as discussões de Ensino por Competências e da Reforma do Ensino Médio não apresentam perspectivas revolucionárias, apenas uma reapresentação das clássicas discussões curriculares.