À luz da concepção do papel da escola na apropriação dos saberes sistematizados da psicologia histórico-cultural, objetiva-se problematizar o desenvolvimento e aprendizagem de estudantes com dificuldades de aprendizagem em classes de aceleração, a partir de uma investigação em um programa especial de aceleração da aprendizagem desenvolvido no Estado do Acre, denominado Poronga. De abordagem qualitativa, realizou-se análise documental e entrevista semiestruturada com cinco professoras do Programa. Os resultados evidenciam que, apesar da exaltação da metodologia fundamentada nas pedagogias do “aprender a aprender”, os estudantes sofrem preconceito e exclusão e tem acesso limitado ao direito de aprender. Como política compensatória, se analisada pela ótica da reposição de direitos apresenta sua faceta positiva, contudo, continua reproduzindo a exclusão gerada no chão da sociedade de produção, ratificando a exclusão escolar.