O capitalismo global conforma-se, na atualidade, como o principal produtor de novas formas de adoecimentos, produzindo, dentre outras mazelas, ansiedades, perda de autoconfiança e muitas formas de aflições próprias de uma realidade plena de incertezas a qual estamos submetidos no tempo presente. Em um modelo de sociedade no qual impera a lógica do consumo, a fruição da vida fica reduzida a pequenos pedaços de gozo sempre substituíveis (ŽIŽEK, 2010), tornando a vida humana, um simples momento de consumo alienado, incapaz de ter um sentido pleno. Partindo deste viés de análise, tomamos como objetivo deste estudo analisar os adoecimentos decorrentes da patologia do consumo, que acometem a vida do “novo” sujeito que se constitui em tempos de capitalismo manipulatório. O aporte teórico marxista conduz as reflexões aqui tecidas, fundamentando à crítica dirigida nesse estudo ao modo de produção social capitalista, que configura a principal barreira para o desenvolvimento do ser humano-genérico (ALVES, 2010). Ametodologia que trilhamos encontra amparo no que a literatura denomina de estudo teórico-bibliográfico, no qual elegemos prioritariamente a patologia do consumo e suas implicações para o sujeito contemporâneo, suas formas de subjetivação e sobre os adoecimentos incidentes sobre o sujeito no tempo presente, bem como na formação/constituição de sua subjetividade. Dentre as conclusões de nossa investigação, destaca-se a ideia da emergência de um sujeito que emerge no atual contexto, se caracteriza, na realidade, pela personificação de um sujeito hedonista utilitarista, que busca à satisfação de seus desejos individuais e uma forma de felicidade utilitarista.