O presente relato apresenta o “Etnomangá” como recurso didático-pedagógico e objeto da pesquisa-ação e da observação participante aplicadas para desenvolver aprendizagens pelas escritas etnográfica e autoetnográfica, tal como apresentam Bitencourt e Schweig (2020) em um gênero de histórias em quadrinhos. O presente trabalho discorre sobre a produção dos mangás (BRAGA JR, 2011; 2020) para contar experiências reais de preconceitos vivenciados por estudantes do ensino médio, bem como a capacidade de externalização e níveis de percepções de como esse preconceito se apresenta dentro dos grupos sociais. Conforme Almeida (2019) e Munanga (2005-2006), a etnografia é um esforço intelectual e reflexivo, de modo que os quadrinhos aos quais se referem os relatos aqui apresentados, demonstram o esforço de escrita feita por estudantes durante as aulas de Sociologia de três instituições públicas de ensino da cidade de Maceió. Os Etnomangás foram criados em engines (plataformas virtuais de desenvolvimento de jogos) a partir da apropriação de uma escrita sistematizada - aliando observação e reflexão - com rigor e metodologia para sua produção em sala de aula, demonstrando sua aplicabilidade como recurso didático para aulas de Sociologia no Ensino Médio.